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Poesias-->frag-med-5 -- 19/02/2006 - 01:33 (maria da graça ferraz) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
29

Os filmes

de raio-x

de tomografia

de ultra-som

Para mim são quadros,

telas, pura arte

Aprendi a gostar

das sombras

Algumas linhas

de fratura,

por exemplo,

merecem tratamento

e moldura



30

Conheço o som

de todos os órgãos do corpo

O murmúrio do pulmão

O ruflar do coração

Sei reconhecer quando

estão tristes, alegres,

cansados...

Sei imitar intestino

e assobiar estômago

Tenho um talento

imprevisto



31

Porque há um comprimido

no meu caminho

No meu caminho

há um comprimido

E tudo que eu queria

era... dilatar



32

Ela não desejava ser cremada

mas defumada

Queria virar carne de sol

e não cinzas

Guardei isto

Achei quase bonito



33

A única receita

que nunca fiz

por covardia

mas deveria tê-la feito:

uso interno e externo

amor.............qualquer forma

( caixa, frasco, ampola,xarope)

vários ao dia



34

Porque ninguém viu

aquele olhar doce

perdido machucado

E mesmo que o tivessem visto

não teriam forças

diante da vastidão daquele olhar

que tingia mundos

nos ambientes brancos

com mercúrio, iôdo

e violeta genciana



35

Na minha vida

há uma porta de vai-vém

Sai a médica

Chega a poeta

Não sei quem

criou quem primeiro

ou se vieram juntas

costuradas

com o mesmo fio

mesclado azul-vermelho



36

No CTI

corpos vencidos

Quem chorará por mim?

Quem chorará

por cada um deles?

Apenas o ruído

compassado das máquinas

como o de abelhas africanas

atacando em bando

E eu diante de ninguém



entregue a mim

amém



37

Pois tu queres

possuir meu segredo

e, cansada, respondo-te

a única resposta cabível:

" Não há segredo"

Eu sou o segredo

Ninguém me possui

Peço-te, se pedir, posso,

me leia

e depois esqueça

Eu sou o silêncio

que restará em ti
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