Usina de Letras
Usina de Letras
21 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 


Artigos ( 63362 )
Cartas ( 21354)
Contos (13305)
Cordel (10362)
Crônicas (22581)
Discursos (3250)
Ensaios - (10727)
Erótico (13599)
Frases (51886)
Humor (20199)
Infantil (5633)
Infanto Juvenil (4974)
Letras de Música (5465)
Peça de Teatro (1387)
Poesias (141355)
Redação (3366)
Roteiro de Filme ou Novela (1065)
Teses / Monologos (2442)
Textos Jurídicos (1969)
Textos Religiosos/Sermões (6374)

 

LEGENDAS
( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )
( ! )- Texto com Comentários

 

Nossa Proposta
Nota Legal
Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Poesias-->frag-med-8 -- 19/02/2006 - 01:34 (maria da graça ferraz) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
38

E o que sou?

Não há mais limite

Desfiz as bainhas

Tudo que olho, sou

Tudo que toco, sou

E desta forma,

as coisas são

E desta forma,

as coisas sadias

Curo,

até na poesia

Mas o que sou?

Uma paisagem instável

Um tapete voador



39

Diante do homem

pobre, rejeitado

Diante da terra

seca, imprestável

Ajoelhei-me

porque

diante de todos os altares vazios,

arde uma promessa de rendenção

Um novo nascimento

Um presépio

Uma coroação



40

Todo ato de criação

é precedido de dor

de tensão

de força irresistível

entre reter e expelir

Como a mulher grávida

contorce, grita, debate

Trazemos à vida

o que despercebido

finge-se de morto

E que Deus esteja conosco

E ele está!



41

Destituí-me

dos meus conceitos

Desvestí-me

cruamente

Fiquei algo sem pele..sem semente

Apenas sumo

As coisas então

começaram a viver dentro de mim

Ganhei a imortalidade

perigosa

Enquanto as coisas existirem, existirei

E que elas não mais me doam...

E que eu as receba

como uma coroa



42

Aquela mulher,

na última cama,

encostada ao canto,

virada de costas

Aquela mísera mulher...

Pois tudo que ela possui

é uma parede branca-

umas costas indefinidas

Pois vá e diga a esta mulher

que eu a amo,

que eu a conheço,

que eu a respeito

Diga-lhe que ela é vista

antes que ela me veja primeiro

e este poema tenha

que ser lido pelo avêsso

Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui