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Poesias-->PLANETA TERRA -- 28/02/2006 - 20:43 (Domingos Oliveira Medeiros) |
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PLANETA TERRA
(por Domingos Oliveira Medeiros)
No início de tudo, o nada. O vazio absoluto. A ausência total.
O silêncio profundo. A fagulha primeira. A primeira explosão.
A energia maior do Criador dos tempos. Deu-se a transformação.
O começo do mundo. A imensidão do universo. O espaço sideral.
Galáxias e planetas. Vizinhos de estrelas e cometas. O Infinito é total.
Dois infinitos, melhor dizendo: o infinito para cima, assim imaginado.
E o infinito para baixo, o infinito invisível, minimizado.
De onde viemos e para onde iremos, a indagação permanece.
Surgem respostas, sem solução. O passado remoto ninguém conhece.
Numa certa galáxia, no planeta TERRA, o nosso recanto foi planejado.
Há milhares de séculos , surgia nossa casa. O nosso cantinho.
Com três dimensões e quatro elementos. A receita do Mestre da Criação.
A terra, o chão.; a água, a vida.; o ar e o fogo, a transformação.
A nossa morada. O nosso habitat. A mãe natureza, com todo carinho.
Nos alimentando, de flores e frutos, mostrando o futuro e o nosso caminho.
Da água e da terra, do barro molhado, do sopro divino, o ser foi criado.
Com o sentimento do amor mais puro, o mundo, ao homem, foi doado.
Plantou-se a liberdade. Regou-se com responsabilidade. Criou-se o paraíso.
Que o homem, mais tarde, quebrando o contrato, perdendo o juízo.
Por ela tentado. Embora alertado. Inaugurava, no mundo, o primeiro pecado.
A chama que arde, na era do fogo, na lembrança, a sentença.
O réu castigado. Viverás - viveremos todos - do suor do teu rosto.
Assim, suados, homens de bem e do mal, na forma do que foi imposto.
Descobriram o pecado que fez, da pureza, mais tarde, a esperança.
Porque o mundo tridimensional foi dividido entre a paz e a desavença.
Porque o homem continuou cometendo erros. A existência está ameaçada
O fogo da paixão e da ganância crepita na selva. Mais uma queimada.
A natureza tem sido maltratada. Estamos indo para o final: o início de tudo. Para o vazio. A persistir a uso do fogo pelo incendiário. Não me iludo.
O mercúrio derretido, escorre pelos rios. Em breve, a vida será encerrada.
O primeiro dilúvio se fez com água. E nova oportunidade nos foi dada.
Através de Cristo, que se fez homem. Deu Sua vida, livrou-nos dos pecados.
A Boa Nova faz pouco tempo. Não mais que dois mil anos passados.
Pouco, se comparado ao dia da tentação e da sentença anunciada.
Continuamos trilhando por caminhos diferentes da lição ensinada.
Os cuidados com a vida. Com a água, e com o ar que respiramos. O conviver.
Com o fogo para cozinhar, para o tempo mudar, proteger do frio, aquecer.
Transformar os metais, como o ferro e o ouro. Para moldar e poder expressar.
As nossas artes, os nossos inventos, sonhos e sustentos. O ferro criou o aço.
Vieram aviões, as nossas buscas, a tecnologia e o conhecimento do espaço.
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Assim é o fogo. Elemento que transforma a matéria para o nosso bem.
Que dá suporte à criação. Realidades construídas por sonhos alcançados.
E vice-versa. Em fornos variados. O ouro escorre em graus determinados.
De temperatura. O mercúrio, em tubos de vidro, auxiliam à medicina.
O sólido virou líquido. Monitora e auxilia no diagnóstico. A doença elimina.
Não podemos fazer a opção errada: pelo fogo que extermina. Que desmata.
Que asfixia. Que bombardeia. Que explode, que mutila, destrói e mata.
A ciência, quando bem feita, de Deus nos aproxima. A almejada eternidade.
A opção que se faz é única: pela paz. Pela prática da fraternidade.
Apagar o fogo da discórdia. Da inveja e da indiferença. Da atitude insensata.
Só assim estaremos livres do segundo dilúvio. O mundo em chamas. Acabado.
Nos céus hão de pipocar fogos de artifícios, estrelas e cascatas luminosas.
A humanidade de mãos dadas. A luta, agora, travada em versos e prosas.
Comemoremos a paz entre homens e nações. O mundo inteiro unificado.
A cooperação, no lugar da concorrência, a garantia do planeta bem cuidado.
Restabelecidos crenças e valores. Em sintonia com os bons ensinamentos.
A família, a ética, a moral, o culto às virtudes, ditam novos comportamentos.
A ciência e a religião, de braços dados, de volta aos trilhos da verdade.
Da verdade absoluta. Sem rodeios, sem artifícios, sem desvios, sem maldade.
Fim das utopias. Tudo é possível. O mundo ressurge em milagres infinitos.
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