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Poesias-->OS FARISEUS DA NOVA ERA -- 14/04/2006 - 20:02 (FRASSINO MACHADO) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Sexta-Feira Santa, 2006





Pela calçada da Cidade deambulavam

dois nobres e preclaros juizes do Pretório

e sobre eventos bem recentes dialogavam...



- Os tempos correm mal no seio das famílias,

nunca há acordo acerca de algo meritório

e cada dia surgem mais e mais quezílias.



- Sim, porque de respeito estamos conversados

e, então moral, já nem com amplas homilias...

É bem verdade que estes tempos estão mudados.



- Nos nossos tempos, sim, tudo era mais correcto...

os pais e os mais velhotes eram respeitados.;

e nas instituições tudo era bem discreto...



- Pois, olhe lá o que se passa nas escolas:

cumprir ou não cumprir dá sempre tudo certo

e os próprios mestres não passam de uns farsolas.



- Ora aí está. Faz falta a velha autoridade

e os boas tradições p’ ra todos, ora bolas!

Veja qu’ até a mentira de hoje é verdade...



- Por falar nisso, vamos ver de nossos Pares:

já há uns tempos p’ ra cá qu’ os quatro não nos vemos.

Vamos ao Foro, pois lá temos outros ares.



Encontraram-se os quatro Juizes no Palácio

Estando em ‘studo um ruim processo com seus termos:

assunto delicado, logo em seu prefácio.



Matéria em causa de violência educativa:

educadora um deficiente maltratou,

utilizando assaz a força correctiva.



Primeira instância contra ela decretou,

como lição de uma moral valorativa,

a pena de uma repreensão efectivou...



............................





A tetrarquia mor de juizes convocada,

Acácio, Bonifácio, Horácio e Pancrácio,

exposta diante desta pena reclamada ...



À luz claríssima da humana realidade,

entrada em choque com a anterior deliberatio,

deu razão a quem usou de agressividade:



O juiz Acácio apela para a educação,

o Bonifácio acha justas as palmadas,

Pancrácio e Horácio prestam jus à dura mão.



Agora, no país, consciências revoltadas

pois se esqueceram do móbil da acusação

deixando as pobres vítimas fragilizadas.



Seguiram o critério do in dubio pro reo,

não ponderando outros caminhos mais coerentes,

que desde sempre a lusa Lei enobreceu.



Até o titular da causa destas gentes,

podendo aproveitar o exemplo que não deu,

teria limpo aos juizes suas velhas mentes...



Disse a todos que nesta causa é inocente,

e que o Estado comporta apenas a exigência

sem castigos de corpo e com olhar clemente.



Como Pilatos desta forma as mãos lavou

sem estilhaçar p’ ra sempre a incauta violência

nada prevendo se outras guerras semeou !?





Frassino Machado

In “Odisseia da Alma”











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