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Poesias-->Consoladora -- 15/05/2006 - 13:13 (Lorde Kalidus) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Sinto partir tudo que chamo de existência

desde que desci a esta cova profunda e fria

foi-se então esta alma morta e vazia

enterrada no cemitério que é a sua ausência



Jamais pedi para contemplar a beleza

cuja rejeição me leva a escolher o mausoléu

pois duro como o aço se mostra o véu

que é a distância entre mim e sua realeza



Logo acima vejo o sol sorrir de forma

que se sobressai no céu um azul tão celestial

quanto o que seus olhos vivem a me mostrar



Diante disso minha cabeça se curva

ciente que a dor é a consoladora carinhosa

de todo aquele que vive e insiste em sonhar.



24 de abril de 2006
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