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Poesias-->SILÊNCIO DA ALMA -- 08/06/2006 - 19:11 (Ivone Carvalho) |
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SILÊNCIO DA ALMA
(Ivone Carvalho)
Que fim levou meus versos, a poesia, a inspiração?
Pensei que eu fosse poeta, mas, poeta, eu não sou!
Onde se trancou o grito que acelerava meu coração?
Perdeu-se, talvez, nas nuvens, alguma estrela o levou!
Que poder tem este amor, que até cala a minh’alma,
Deixando o vazio e o torpor, num silêncio sem razão,
Vez que os meus pensamentos, na mente são turbilhão,
Já que o amor manifesto explode em meu coração!
Quero compor, mas não há vontade!
Não mais quero, ao receio e à tristeza, dar vazão!
Queria expor somente a saudade
Extravasar o amor e a minha emoção!
Queria, de volta, meu anjo inspirador!
Que me ensinou a amar e versejar,
Queria voltar a cantar o amor,
Que dentro do peito me faz brilhar!
Queria tuas mãos, delicadas e fortes,
Secando esta lágrima que teima em rolar,
Queria teu olhar, tão meigo e sereno,
Fazendo o meu olho também cintilar!
Queria, de ti, carinho e ternura,
Um abraço apertado, as palavras amenas,
Queria sentir tua alma tão pura,
Laçada na minha, como um par de algemas!
Queria voar nas asas de um pássaro,
Traçar minha rota em destino ao teu ninho,
Queria ser anjo com pés descalços,
Soprar meu cantar, te cobrir de carinhos!
Queria ser eu, sem regras e sem temores,
Dizer o que sinto sem ter que rimar,
Te quero aqui, com o perfume das flores,
Deixando o amor, entre nós, transbordar!
****
Não sei mais compor poesia,
aprendi que nem sei amar,
Afastei os versos, teu amor, tu’alegria,
Aprendi a sofrer e a chorar...
08/06/2006
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