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Poesias-->Ira dos trinta e um anos -- 16/11/1999 - 23:25 (Eduardo Gomes) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos






Ide hô! Avisadas donzelas

ide e dizei aos quatro ventos

que tempo não tenho

pois agora estou em sólida construção

A solidão dos anos

esse riso amorfo

no corpo parco

de pedaços que faltam

que não lembro se perdi

(tudo deve ser reposto)

de olhos embotados de sonhos

e de lágrimas por eles impostos

Visionário errante

de terceira década

Nas vagas da vida

as ondas do sonho

sonhos me trouxeram

e sonhos levaram

Ide! Desavisadas musas

no vácuo do peito

uma lágrima baila

indecisa

entre o cair

e o levitar

Verbos que conjugar

nunca soube

Fruto do ventre uno

dor única

alegria unilateral

Ide! Desavisadas donzelas

antes disso

dêem-me o fruto do vosso ventre

nada no café da manhã

nenhuma respiração no copo

nenhuma evaporização no corpo

A mesa é posta

a cama é nossa

Tudo na vida me foi dado

quero o direito de usufruir

Agora sou eu que me deserdo

que me deserto

fluindo a nuance de nós mesmos

Baquiana e dionisíaca

bailando no quarto

Por que ser inerte?

talvez a vida desperte

lançando âncoras

sobre meus rumos

tirando a ferrugem do

café da manhã

Ide! Formosas costureiras

buscando a fazenda

desse amor de retalhos

descrito manequim imaginário

Testemunhais que ainda espero

a desejada dos sonhos oblíquos

Que renunciei me extangui

em curto-circuito pelos poros

bradei os ossos do ofício

sentindo a oxidez do tempo

quando meus ossos doíam

quando a carne contraía

contraria os nervos

sob as vestes da manhã pálida.
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