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Poesias-->SONETO PROPAROXIBÊBEDO -- 11/07/2006 - 05:17 (Anselmo Cordeiro de Oliveira) |
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A bela madeirense, em seu sorriso esplêndido,
Deixou-me entusiasmado, eu, poeta mísero
Que, crente neste amor tão longe, oceânico,
Vislumbro u a Madeira próxima e íntima.
E, amando-a, não arredo os olhos do Atlântico,
Pois, quando o sol se põe em rubros raios fúlgidos,
Desenha-me, no céu, em cor e em linhas nítidas,
Imagens que alimentam o sonho em meu espírito.
O astro rei aquece o meu sonhar onírico,
Trazendo-me a musa envolta em raios cálidos,
Que, em beijos, me embriaga e lança-me em êxtases.;
E, ao fim, num panorama plácido e lânguido,
Na areia, jaz, inerme, um poetaço bêbado,
Enquanto, no horizonte, o sol se esconde, cínico.
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