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Poesias-->O HORIZONTE DAS PESSOAS -- 01/09/2006 - 02:36 (Joel Pereira de Sá) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
O Horizonte das Pessoas



O horizonte das pessoas

o horizonte do tempo

distintos ou aparentes

se juntam e engatinham pelo mesmo trilho

fazem os mesmos caracóis

se enristam, se encruzilham, se paralelam.



O horizonte das pessoas

rio que na confluência morre

para dar fortaleza ao pantanal

seu âmago se ajusta ao forasteiro

se converte em sanguessuga e se dispersa no horizonte.

O horizonte das pessoas é o que se busca no oriente

no ocidente

nos quatro pontos colaterais, nos oito cardeais

na utopia.

O horizonte das pessoas é a mesma perspectiva desenhada no fundo do nosso painel azul

e inalcansável

tem a mesma pigmentação e os arremates

as mesmas estrelas pregadas

nas abóbadas da noite de natal.



O horizonte das pessoas

caminha, flutua, adeja, reclama

ama

cansa pelos quintais

pelos arredores da vida

embarca pomposo e brilhante

retorna empoeirado e roto.



A vontade de amar

a pertinácia de ser feliz

o vagar paulatino pelas praias

o rolar pelas dunas do deserto

o anseio de identificar o horizonte,

o horizonte afogado no mar da inabstinência.

O horizonte é um gesto simulado

de ser o que não foi, nem será

é o escopo mostrado à vista turva

encimado e incrementado de dúvidas

é a luz lânguida que alumia.



Fazes o sinal-da-cruz ao deitar

benzes-te ao levantar, bocejas

então buscas o horizonte que se esconde

ou se mostra de corpo inteiro

mas foge mágico e fugaz

ao se lhe tatear.



Um lugar é o horizonte

limpo, azul, sem neve, sem brumas

sem manchas, sem espumas.



Horizonte: ponto para o qual se aponta

Um guerreiro aborígine arma a flecha

retesa o arco _ alvo ambíguo.

Segue a marcha rumo ao horizonte

o séquito irrompe do nada

ganha novos pretendentes

um acervo de horizontes.

O horizonte das pessoas

está além do horizonte de todos os horizontes

aí se esmaece e perde-se o tom do horizonte.



Parece ilusão

o horizonte ao alcance de nossa mão

regurgitamos sobre a esperança que se busca

o braço elástico não chega lá.

Sorriso de criança

fome de bebê

noiva ansiosa preparando o vestido.

Riacho que se alimenta vivaz

e sem saber se perde no mar

se destroça na imensidão

não mais se encontra _ forma novos horizontes.



Dedo em riste onde a terra se ajunta ao céu

o mar inflama o azul com centelhas provocantes

o céu se perde no mar.

A ressaca arrebenta nas falésias

o corpo é lançado no fundo do sepulcro

cessa ali toda a busca

ali acaba o hjorizonte.



*JOEL DE SÁ*

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