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Poesias-->Fase de tristeza -- 02/09/2006 - 10:22 (António Torre da Guia) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
E CONTINUO A LER



Como doutras feitas a alegria,

a tristeza toma-me

e nem despi-la posso,

aliviar-me, sacudir-me

como se um trapo fosse

numa janela expelindo pó...



Meu íntimo

parece-me um enorme corredor

pleno de portas que abro e fecho

enquanto minha sombra mais se espalha

ao longo do soalho

iluminado de decepção...



As palavras encerram-me

entre as grades

dos simples vocábulos desta vida

que deveras já nada querem dizer...



Os ais do mundo diluem-se

nas lavas do silêncio

que brotam

do fantasmagórico vulcão da impiedade

onde se embuçam

os mortos-vivos da caridade hodierna

no cumprimento do dever...



Sofram ou não sofram

só as crianças e os animais escapam

ao martírio cerebral

da humanidade que mais e mais

se aproxima do sol para fundir-se...



Então

consolo a tristeza

na dádiva de saber

que vou ficar pelo caminho

divisando ao longe

os fantasmas sem retorno

que sequer terão um poema para ler.



António Torre da Guia
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