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Poesias-->vedado o implícito -- 05/09/2006 - 00:34 (MARIA CRISTINA DOBAL CAMPIGLIA) |
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No sabor da madrugada, compilo.
Faço duas vezes o mesmo, regrido - avanço no ar:
Preciso saber que te tenho, na noite,
No meio da alma e do peito.
Da sorte de ser parte tua,
De haver conhecido e perder,
Te encontrar entre os dias e as coisas,
Como alma que esbarra na escada.
Na estrada do meu coração, como linho amassado,
Na estrada de toda essa gente, com caras, com mãos.
Na estrada rotina e mesmice, nas mesas, nos bares,
Nos pobres altares sozinhos, balcões sem dono.
No sono, no sonho.
Num universo perdido
Que é triste e sombrio,
É frio e sem dono, sem ti,
Sem mim.
Como farei para amar,
Como juntar as verdades
Alinhavando as mentiras?
Te pego num passe de mágica,
Te creio só meu, te invento- inteiro e só.
Compilo palavras e cheiros.
Percebo o suor e o afeto, renego,
Refaço os pedaços que jogas,
Como pedras.
Finjo que sei do que falas,
Que posso saber da tua vida, mentiras,
Verdades eternas.
Principalmente
Entre as minhas pernas.
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