Entre caminhos incertos e abertos como sentimentos que doem
Percorro os trilhos de pedra que ferem, inferem...
Faço de conta que vôo e te acho, indeciso - como um cometa apressado-
Deixando de lado meu pranto, meu zelo : o tempo te rouba e te leva...
Esses encontros que temos - que nunca coincidem aos dois, não se delatam
Não se tornam tão cúmplices que peça para escondê-los, porém,
Dentro de um vidro ilusório os mantenho alerta : palpitam suas almas deixando existir.
Te percorro em silêncio como túmulo fechado- te afago em revés de carinho, porque canto : solicito o pranto da vida e da ausência, carência e presença...Tudo de acordo ao que sinto em confusa real imortal dependência .
Da lua, moinho e rios – da vida aprendida enquanto criança-
Dos contos de fada, princesas, estilo : um sapo dormido-
Um grande abismo permeando a incerteza do abraço – do braço que resta ao anel de agasalho,
Do pranto, mentiras e juras : de tudo que forma um amor de verdade, de tarde, de noite:
Após os festejos no parque, tristeza em domingo e silêncio nas bocas : calado em suspeita.