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Poesias-->Primavera lá fora -- 23/09/2006 - 13:20 (MARIA CRISTINA DOBAL CAMPIGLIA) |
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Saltam trincos verdes de folhas nascentes
e as árvores abrem os olhos e apertam o sol, entre galhos
como se fossem dar seio à luz da manhã.
Fico na linha de extremos rasgando os objetos, as coisas
que fitam meu ser com impávida quietude
e o tentam roubar no guardado do escuro.
Penumbra de óculos, filtro de sol-
não posso deixar tanta luz invadir a retina
-eu uso cortinas e amparo esta dor!
Quero a esperança do novo,
não tenho terríveis questões, não sou infeliz-
não peço clemência nem choro:
não hoje, não aqui.
Abraço a existência com força de aprendiz
fazendo de conta que ontem nasci
- as dúvidas cruéis atravessam a alma,
dialética , vida : criança esquecida na beira da estrada
assim me sugiro e me rendo à pergunta...
Qual é esta dor? A dor desse amor, que não vem?
A dor do presente constante e violento, o agora?
A dor das pessoas que moram, que sentem que levam à beira da pele
como se fosse um jogo dedicado à Primavera, possível e certo
rifar seu coração..?
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