LEGENDAS
(
* )-
Texto com Registro de Direito Autoral )
(
! )-
Texto com Comentários
Poesias-->Neptuno -- 27/09/2006 - 17:55 (Jayro Luna)
Neptuno Ao Prof. Alberto Bernine, Adams & Galle. “Tem estátua na Ocian, / Um Rei que não é dos Unos, / É sim, o senhor do mar, / O grande astro Netuno.” José Florindo. “Vós, elfos das montanhas e córregos, das lagoas tranqüilas e dos bosques, / Que nas areias, com pés não deixam rastro / Perseguem Netuno na vazante ou dele fogem / Quando volta...” Shakespeare. Eis! Deus das profundezas dos sete mares, Dos oceanos infindos à minha vista, Do horizonte oculto em nuvens cumulares.; Vem na sua biga de cavalos marinhos... Que lançaste Odisseu na rota sem pistas Em busca de si mesmo, em busca ao caminho.... Que procuraste - poucos o sabem - o poeta Bento Teixeira, à praia do Recife, Para que Proteu cumprisse sua meta, -Entre formas variadas e mutantes - De narrar do Rei Luso qual seu esquife... Assim, como ao grande Camões, pouco antes, O fizeste escolher entre a musa amada E a lira épica arduamente composta, E viu o poeta Dinamene sufocada... E quando o homem confiante de si mesmo, Construiu o navio inaufragável posto à costa... Fez numa noite afundar o sonho a esmo... Poseidon! Neptuno! Que outro nome tens? Pois os medos mais fundos de minha alma Conhece qual conhece a onda em que vens! ...................................................... Não ousarei, como Ulisses, ofender-vos, Antes, e constante, qual um Bento-Camões Me filiarei entre seus mais fiéis servos!... ...................................................... ...................................................... Silêncio! Ouço agora a vaga noturna E num ronco inexprimível, eis o mar Oceano da consciência em onda taciturna, Porém tanto ritmada quanto abrupta, Que governa o sentido deste sonhar, Que a certeza firme a torna já corrupta... ........................................................ Poseidon! Neptuno! Que outro nome tens? Pois, eis cá teu servo! Á espera dum gesto Visível como nas ondas em que vens! Ou palavra que me seja compreensível Como um decodificado almagesto Que contenha a verdade pura e sensível! ................................................................... ................................................................... ................................................................... Te vejo, vejo tua imagem bem aqui, Toda feita em bronze e tão imponente, E os hippies da feirinha sem dar por ti, Na cidade Ocian, cujo nome, ao acaso Se refere ao seu reino vasto ao poente... E o eco dos pensamentos passa no ocaso...