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Poesias-->OS JARDINS -- 18/10/2006 - 09:02 (Rudolph de Almeida) |
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OS JARDINS
Pelos escuros caminhos das paixões falsamente provocadas
Pelas frias sendas dos amores instigados, mas não correspondidos
Pelas tristes trilhas das brincadeiras do erro indutivas
Pelas tortuosas estradas das provocações maldosas
Pelos áridos caminhos dos afetos maliciosamente prometidos
Vicejam em seu leito as ervas daninhas.
Neste coração que só provoca mágoa
Nesta emanação de um ser
Que prega o amor e oferece raiva
Nesta arrogância que sobeja
Onde não há mais uma só gota de pureza
Cresce descontrolada a macega parasita.
Nesta alma negra a procura de alimento
O doce amor oferecido lhe é um alento
Sorve do ofertante todo o magno afeto
Qual um vampiro num beco a sugar a seiva de uma vadia
Esta coisa amorfa que até a luz dissipa
Contempla radiante a natureza morta.
Entidades obscuras que ganham vida
Possuindo belos corpos de sedutoras fêmeas
Consumindo sentimentos dos desavisados
Desconhecem o perigo destes encantadores hematófagos danados
Que anunciam decepção a cada mordida
Plantando um jardim de flores negras retorcidas.
Luta o homem apático para arar seu pátio
Desejando nele plantar flores, aromas, cores, amores
Eis que à noite escura surge a astuta criatura
Aspergindo seu fel como adubo em mistura
No jardim ainda não semeado, aplica o veneno
Transformando-o no triste resultado de outro amor enganado.
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