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Poesias-->A FORTALEZA QUE RUIU -- 19/10/2006 - 08:51 (Rudolph de Almeida) |
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A FORTALEZA QUE RUIU
Deixaste-me doente, surgiste trazendo uma moléstia
Da qual minha frágil essência não produzia defesa
O mal que ataca a imunidade dos sentimentos
Destruindo as muralhas que os protegem
Do frio corte da navalha das mulheres.
Mantinha minhas emoções reclusas e aferradas
Às paredes da mais alta torre da minha fortaleza
Protegidas das intempéries produzidas pelas musas
Teu simples olhar já implodiu os muros
Facilitando o acesso aos meus afetos obscuros.
Então o vírus do teu encanto
Invadiu minhas defesas mais íntimas
Em vão procurei remédios, fiz figas
Um a um, foram morrendo meus soldados
A fortaleza assim caiu nas tuas mãos inimigas.
As mil portas da última torre, lacradas
Que guarneciam o espírito desprotegido
Com um só magnífico sorriso teu
Prostradas em pó ruíram
Deixando-me a sós contigo, medroso e desassistido.
Entrando tu naquele átrio, então frio e escuro
Deixei-me cair desmanchado
Pela beleza de teu ser dourado
Iluminando o ar com teu brilho estelar
Aquecendo meu ser só pelo prazer da presença tua.
Deste dia em diante, minha substância
Despiu-se de toda a segurança
Sou agora prisioneiro de novo, mas hoje
Habito em teu castelo, agrilhoado ao teu ser
Refém da tua sedução, doente pelo vírus de ti.
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