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Poesias-->NUVEM -- 25/10/2006 - 09:38 (Rudolph de Almeida) |
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NUVEM
Outro belo dia de primavera ...
O céu anil brilhante é então
Salpicado por chumaços do mais branco algodão
Será que foi a brisa da troposfera
Que te fez passar tão rápido?
Quando a luz se for, no céu negro
Serás apenas uma nódoa amorfa, etérea
A turvar o brilho da luminosa matéria
Das estrelas, não ofuscarás a chama
Nem tampouco do sol de meu novo dia.
És vapor, não te condenso
Vais chover noutro jardim
Se darás vida à semente ou afogarás o broto
Não saberei eternamente, ai de mim
As nuvens que passam fazem o passado morto.
Chuvisco, tormenta, granizo, ciclone tropical
O que serias tu, afinal? Um bem ou um mal?
Nuvem que passa na atmosfera esparsa
Não é nada que deixe marca
No solo seco trincado do meu deserto semi-árido.
Não devo mais olhar para o céu
Fitarei só a estrada que avante se abre
O avião é que alcança a tua amplidão
Eu, sem asas, habito é o chão
Evitando as pedras que vertem em meu caminho.
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