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 | Poesias-->DOCE APARIÇÃO -- 06/11/2006 - 14:55 (João Ferreira)  | 
	
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DOCE APARIÇÃO
 
 
  Jan Muá
  20 de outubro de 2006
 
 
 
 
  Fui subindo devagarinho
  Pela estradinha asfaltada
  Na direção de Alfarela
  E enquanto caminhava
  Uma rica e surpreeendente mata transmontana
  Se desenhava cheia de vida
  Na convivência de pinheiros, de carvalhos e castanheiros
  De giestas, de fetos, de musgos e de níscaros...
 
 
  Já no alto da Montanha
  Observei que um nicho poético 
  De nossa Senhora de Fátima
  Adornava poético recanto 
  Que me obrigou a parar
  Para admirar a doce aparição
  Em destaque naquela solidão
 
 
  Retardei o passo
  E me dirigi à porta da ermidinha
  Sentando no degrau de granito
  E não resisti ao momento privilegiado
  De descansar a alma
 
 
  Cercado de poesia
  Olhei as carumas dos pinheiros 
  E os fetos, as urzes e as giestas
  E sem saber como 
  Reaprendi a pôr as mãos
  A modo de oração
 
 
  Na fantasia
  Regressei ao neolítico da região
  Lembrando que não longe daqui
  Havia a mítica Fraga da Serpente
  E as mamoas e as antas o Alvão
 
 
  Me concentrei de alma e coração na novidade do Nicho
  E tentei reaprender a olhar
  Sentindo que junto dela
  Renascia a paz
 
 
 
 
  Sabia
  Que quando ela me acolhe os olhos
  Ou ela me encanta e purifica
  Sempre me dá imensa vida 
 
 
  Me dá vida de que preciso
  Para o caminho 
  Que tracei em Minino 
  Quando ouvi pela primeira vez
  A voz secreta da Montanha.
 
 
  Jan Muá
  Vila Pouca de Aguiar, 20 de outubro de 2006  |  
 
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