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Poesias-->O moço -- 08/11/2006 - 09:31 (Félix Maier) |
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O MOÇO
Eloy Franco
Não me perguntem qual é minha idade,
e, sim, a quantas pessoas eu dei felicidade!
Se mais jovem, se mais velho...o que importa?
Se ainda sou um fervilhar de sonhos,
E se não carrego o fardo de uma esperança morta...
Não me perguntem quantos anos tenho,
e sim, quantos beijos troquei na vida,
sejam eles fraternos ou apaixonados como despidida!
Se a juventude em mim ainda é festa,
se aproveito de tudo a cada instante,
e se bebo da taça gota a gota...
Que os invejosos tanto detestam
Então, pouco se me dá quantas gotas restam!
Não me perguntem quantos anos tenho,
mas... queiram saber de mim se criei filhos,
queiram saber de mim que obras fiz,
queiram saber de mim se amigos tenho,
e se alguém pude eu tornar feliz!
Não me perguntem quantos anos tenho,
mas... queiram saber de mim que livros li,
queiram saber de mim por onde andei,
queiram saber de mim quantas estórias,
e quantos versos ouvi...
quantos versos cantei!
E assim, somente assim, todos vocês,
por mais brancos que estejam meus cabelos,
por mais rugas que vejam em meu rosto
Me chamarão de "Um Moço que Dá Gosto!"
E, ao me virem passar por aqui e ali...
não saberão ao certo a minha idade,
mas saberão, por certo, que eu vivi !
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