LEGENDAS |
(
* )-
Texto com Registro de Direito Autoral ) |
(
! )-
Texto com Comentários |
| |
|
Poesias-->QUALQUER COISA TUA -- 10/11/2006 - 09:58 (Rudolph de Almeida) |
|
|
| |
QUALQUER COISA TUA
Hoje
Eu queria ser
Uma coisa qualquer tua
Quem sabe teu leito com roupas de seda vestido
Recebendo teu corpo perfeito, macio e despido
Sonhando com ele quimeras vividas no paraíso
Tocando a tua escultura
Ouvindo tua respiração ofegante
Aspirando teu perfume encantado.
Uma coisa qualquer
Quiçá uma jóia que enfeita um sonho que se esvoaça
Mantendo-me assim junto de ti
Adornando teu belo ser
Que nem precisa de outros ornamentos
Além dos que a própria natureza já ofereceu de graça.
Qualquer coisa
Quem dera um pingente
Pendurado no teu peito
Como minha cabeça agasalhada
Ouvindo a música suave e ritmada
Que vem do teu coração.
Queria ser
Uma gargantilha tua
Envolvendo carinhosamente teu pescoço
Como um abraço amoroso
Que eu não posso te dar.
Seria eu
Tua pele
A te proteger da intempérie
Envolvendo teu corpo inteiro
Transpirando junto contigo
Arrepiando-me com teus desejos
Que de mim são desconhecidos.
Queria ser
Qualquer coisa tua
Talvez tua maquiagem
Assim, colada à tua face
O batom beijando teus lábios
Ressaltando teus magníficos traços
Tão perfeitamente desenhados
Que eu não posso deixar de amá-los.
Hoje
Queria ser
Não mais qualquer coisa tua
Tu és que serias coisa minha
Misturada à minha alma antes sozinha
Nem mais eu, nem mais tu
Então seríamos nós
Hoje, amanhã e eternamente ...
|
|