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Poesias-->SONETO PARA UMA VÍTIMA DAS TREVAS* -- 25/11/2006 - 19:34 (Lílian Maial) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Soneto para a Vítima das Trevas*

© Lílian Maial





Herege, numa casca de inocência,

teu sangue é tão impuro quanto o meu!

Com tantas águas bentas, penitência,

a noite esconde instintos sob o breu.



Cuidado, ao me chamares por clemência,

que o meu prazer perverso me lambeu,

qual fria labareda em efervescência,

e aguça a brasa em ti, que não morreu!



Sugar-te o sumo rubro inda pulsante,

matar-me a fome torpe e aviltante,

e me afogar e a ti num mar de lama!



Eu bem que te avisei da tua sina:

cuidado, uma vampira tão ferina,

te deixa morto-vivo nessa cama!



******



*em resposta ao soneto "Amor Vampiro", de Nathan de Castro
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