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Poesias-->Saudade -- 17/01/2001 - 22:55 (Amanda Preissler) |
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Saudade
Horas de espera arrastam-se abrindo-te feridas
Deslizas teu corpo através do tempo
Dissimulando a dor que abrigas em teu seio
Anestesias tuas chagas com o ar de um novo amanhã
A cada promessa, talvez, vã, renasces
Persegues, no túnel das trevas em que te deixaram,
Réstias de sentimentos para embalar-te
Ninas os beijos sentidos, prova-os novamente
Deitando-os em meio aos lençóis em que te deste...
Por vezes, és pega sozinha sorrindo com tuas lembranças
Quando não és surpreendida falando de amor
Abrigas no teu coração muitos nomes, codinomes
Bem como juras que ainda te sussurram aos ouvidos...
Na tua alma tatuas cheiros, permeias sonhos
Confinando-os aos teus mais íntimos segredos...
Persiste oferecendo-te a mão o mundo que te cerca
Negas chorando enleada às tuas imagens ainda vívidas
Que cintilam no teu arco-íris preto e branco...
Esquivas da realidade que te acaricia, foges
E mergulhas no mar que batizaste recordação
Afogando-te em tuas impertinentes águas,
Debatendo-te em últimos suspiros de esperança
Mas sempre sobrevives e emerges mais dona de ti,
Mais reminescente, mais momento, mais saudade
E são os teus sorrisos e lágrimas que hoje
Acarinham e dedilham minha lúgubre face...
© Amanda Preissler
15.01.01
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