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Poesias-->NAS HORAS MORTAS -- 20/12/2006 - 22:50 (Roberto Stavale) |
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Nas horas mortas... quando a coruja pia
Lá dos ciprestes... em choro mortuário
Até a viração sente... e... se arrepia
Gelando o sangue... em transe arbitrário.
E... sai d´alma o derradeiro pranto
Clamando em brados pelo meu passado
Ouvindo o pipiar... gorjeando em espanto
Trilando grave em som alvoroçado.
Cenas tão lúgubres nesta noite fria
Tremeluzidas por clarões das velas
Despercebidas pela abstemia...
Dos meus impulsos pelo raiar dos dias
Procurando em mim as cismas das capelas
Pra orar aos deuses... as minhas fantasias.
Roberto Stavale
São Paulo, Setembro/1961.-
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