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Poesias-->Vida Bandida -- 27/01/2007 - 13:24 (Silvio Guerini) |
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Como seria bom ser que nem a borboleta
poder deixar pra trás um ano inteiro de lagarta
com as forças combalidas
tempo de medos
anos de fracassos
inteiros de promessas não cumpridas
e quando o novo dia do novo ano chegar
nos ponteiros incansáveis do relógio
poder mostrar um par de belas asas coloridas
novinhas em folha
brilhantes como as cores de um novo dia
prometendo aventuras desconhecidas
sem novos medos
nem velhos fracassos
inteiro de juras e promessas atrevidas
de vôos alegres... sem destino
de suaves ventos soprando no rosto
verdades e emoções no coração sentidas
renovando a vontade de viver
mais um ano inteiro
na busca da cura das nossas feridas
Como seria bom ser que nem a borboleta
e acreditar que a nova manhã
será dos pecados absolvida
como se o tempo de ninfa
como se o sono da transformação
fosse coisa de outra vida
e o novo tempo que corre nas veias
seja o sangue puro do ano que nasce
seja a vontade que nem o escuro invalida
de começar tudo de novo
deixando pra trás a dor que lá ficou
nas areias do tempo eternamente perdida
servindo de chão pra nova jornada
solo sagrado onde começa o novo caminho
a nova missão na alma acolhida
sem remorsos ou medos
sem dúvidas ou aflições
sem aquele gosto de coisa arrependida
acreditando... no primeiro bater de asas
que tudo será diferente
daquela antiga vida bandida
Silvio Guerini
29 de dezembro de 2005, 21h56
guerinis@uol.com.br
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