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Poesias-->Se -- 30/01/2007 - 15:46 (Fernando Antônio Barbosa Zocca) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Se



Guilherme de Almeida



Se puderes guardar o sangue frio diante de quem, fora de si,

acusa-te.;

e, no instante em que duvidem de teu ânimo e firmeza,

tu puderes ter fé na própria fortaleza,

timbrando em confundir a desconfiança alheia...

Se tu puderes não odiar a quem te odeia,

nem pagar com a calúnia a quem te calunia,

sem que tires daí motivos de ufania.;

sonhar, sem permitir que o sonho te domine.;

pensar, sem que em pensar tua ambição se confine.;

e esperar sempre e sempre, infatigavelmente...

Se, com o mesmo sereno olhar indiferente,

Puderes encarar a derrota e a vitória,

como embustes que são da fortuna ilusória.;

e estóico suportar que intrigas e mentiras

deturpem a palavra honesta que profiras...

Se puderes, ao ver em pedaços,

destruída pela sorte maldosa, a obra de tua vida,

tomar de novo a ferramenta desgastada

e, sem queixumes vãos, recomeçar do nada...

Se, tendo loucamente arriscado

e perdido tudo quanto era teu,

num só lance atrevido,

puderes voltar à faina ingrata e dura,

sem aludir jamais à sinistra aventura...

Se tu puderes coração, músculos, nervos,

reduzir da vontade à condição de servos

que, embora exaustos, obedeçam-lhe ao comando...

Se, andando a par dos reis

e com os grandes lidando,

puderes conservar a naturalidade,

e, no meio da turba, a personalidade.;

impávido, afrontar adulações, engodos,opressões.;

merecer a confiança de todos,

sem que possa contar, todavia, contigo,

incondicionalmente, o teu maior amigo...

Se de cada minuto os sessenta segundos

tu puderes tornar com o teu suor fecundos...

a terra será tua, e os bens que se não somem

e, o que é melhor, meu filho,

então serás um homem!





Nota: Esta é uma tradução do poema If de R. Kipling, feita por Guilherme de Almeida (1890-1969), em 2 de abril de 1938.
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