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Poesias-->MULHER RENDEIRA -- 06/02/2007 - 18:34 (LUIZ ALBERTO MACHADO) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


“Olé, mulhé Rendeira, olé mulhé rendá Tu me ensina a fazer renda, eu te ensino a namorá (Zé do Norte sobre motivo atribuído ao Virgulino Lampião, Mulher rendeira).





Onde há rede, há renda

Onde há rede, há renda

E muxiba no moquém.



Pescador foi pro mar, a rendeira no lar no filé, rendendê.

Como o mar é do peixe, a renda é enfeite no tear a tecer seu hábil engenho, seu zelo e empenho no bilro a rançar. A desfiar seus bordados, saiotes, xales, laçarotes, bustiês e galões, contornar com meneios, toalhas, entremeios e bicos nos serões.



Onde há rede, há renda

Onde há rede, há renda

E muxiba no moquém.



Na sombra timbaúba dedilha amiúde a ficar colorido, almofada capacete, modelada em alfinente, tudo é muito bem urdido.



Quando é renascença num algodão de nascença, alinhava lacê. Depois vem toda goma quando ela engoma pra dar rigidez.



Onde há rede, há renda

Onde há rede, há renda

E muxiba no moquém.



São ramos de ponto-de-cruz, são malhas de cabecinha, são traças e vassourinha, são nervuras, nhandubi. É ponto sol, ponto lua, xerém e folhagem, é renda-da-terra que fazer labirintos da vida daqui.



Nos varais são torres, dois-amarrados, papagaio, bunda-de-sapo, tapioca-sem-côco, tudo não é pouco na para-de-siri.



Quando é branco mais que bonitinho,

Quando em cor faz tudo mais vivinho.



Tudo é crivo que tece no linho.

Tudo é vivo no fuso devagarinho.



Onde há rede, há renda

Onde há rede, há renda

E muxiba no moquém.



© Luiz Alberto Machado. Direitos reservados.

www.luizalbertomachado.com.br



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