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Poesias-->Abandono e recaída -- 21/02/2007 - 16:26 (MARIA CRISTINA DOBAL CAMPIGLIA) |
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Abandono e recaída
Abandonei nosso mundo.
Deixei a porta trancada
porque era assim : para sempre.
A cada passo que dava
tinha certeza e chorava.
Joguei a chave. Mais nada!
Como você não gritou,
não disse : “o quê?”,
nem correu...
Eu percebi que morei
num universo sozinha,
tu nunca vinhas!
Talvez eu sempre criara
teu rosto, mãos – coração
e para mim te guardara...
Dizem que a gente mentindo
e repetindo sem pausa
vira verdade. Viraste!
Pior que o próprio abandono
é este mundo tão liso.
Não tenho chave nem volta.
Nem tenho chance ou aviso.
Já destruí toda a rota
para não ter recaída.
Agora sim : busco a porta.
Busco uma entrada escondida
desesperada, já morta!
Mas nem assim, recaindo
ouves o meu desespero.
Eras miragem, apenas!
Mal sabes tu que moravas
comigo à beira da estrada!
Não tinhas tempo, relógio,
eras um sonho e mais nada.
Agora eu vendo ilusões.
Sou meio humana, mais nada!
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