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Poesias-->Menina de Farol -- 13/12/2006 - 02:21 (MARIA CRISTINA DOBAL CAMPIGLIA) |
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Número do Registro de Direito Autoral:131013763303064100 |
Menina de Farol
Poema dedicado a Luiza Moreira, organizadora de ANTOLOGIA POÉTICA I e II- (que incentiva com seu trabalho artistas , escritores e poetas).
São Paulo, 2007
Reluzes em veludo como pele de negro.
E fitas, como pedras em olhos preciosos.
Surges quieta e sorridente, sem querer
e levantas entre os carros teus segredos
-como nada ou bem do nada, como estampa,
como ave- como santa!
Passam homens e mulheres, figurantes
no pedaço desse asfalto que tu tens,
que é o único pedaço – quente ou frio-
que te deram, te permitem. Que alimentas.
As moedas. Tão brilhantes e agourentas.
São tesouros numa selva e te seduzem.
São pepitas e quimeras que te adoram e escravizam
como luas, como contas- num colar de eterna espera.
Deixas contos entre pernas
e te alisas como morta, fazes de conta que agüentas,
contas, brincas, corres, xingas- como se desse também
para ser feliz.
Por um triz, por um pouco,
por pedaço e terra alheia.
Como “Barbie” na lixeira, que não presta.
Como boneca quebrada,
como velha.
Mesmo assim
Te pareces com a luz.
Vendes alma no farol, rifas vida,
amedrontas – e nem sabes.
Trocas pele por moeda.
E uns olhares.
Que alinhavas para a venda,
em colares...
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