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Poesias-->CALADA -- 05/03/2007 - 19:55 (Ivone Carvalho) |
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CALADA
(Ivone Carvalho)
Calada, eu vivo a dor que permanece no meu peito,
Que se instalou nesta morada tão sincera,
Que transformou todo meu ser com desrespeito,
Triste hóspede, indesejável, há muitas primaveras.
Calada, vivo este amor que me afaga com jeito,
Enraizado profundamente no meu coração,
Tão solitário, mas um sentimento perfeito,
Tradutor da paz, serenidade e emoção.
Calada, sufoco o grito que nasce mas não vive,
Canto a melodia que em silêncio é proferida,
Murmúrios que no tempo sobrevivem,
Sinfonia que me faz, de amor, perdida.
Calada, aposto na justiça e na esperança,
Sonhos que me acompanham sem senão,
Ora envelhecida, ora adolescente, ora criança,
Sempre com a alma repleta de paixão.
05/03/2007
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