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Poesias-->POR ENQUANTO -- 17/03/2007 - 05:20 (Walter da Silva) |
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P O R E N Q U A N T O
para GRAÇA
A seda de tua blusa no varal
Expressa o inexpressável do meu texto
Imaginado ao sol dominical
A nos relembrar velho deleite
Teu nariz espigado, farejando
Meu status de macho primitivo
Esgarçando-te blusa, julho, tudo
Tentando disfarçar um amor cativo
Rola futebol, tempo de Copa
Um apito final italianado
Donde se confere algum vitorioso
E outro tonto, triste, derrotado
Bravo! Gritei, eu que me interrogo
Embora numa aposta já perdida
A torcer toujours pour la Marsellaise
Como se fosses amante desabrida
Deram-me conta que aí vagava o mundo
Num torvelinho qualquer desconhecido
A espiral que me leva a escapar
Do medo, praga da qual me olvido
O amor é tudo isso e talvez mais
Do que um imbecil cartão postal
Como querem os donos do jornal
Que noticia mordida de cachorro.
Recolho-me, é hora, fatiguei-me
Um chá de camomila e algum presságio
Adentram-me o vestíbulo frugal
E adormeço como se morto fosse.
WALTER DA SILVA
Camaragibe-PE, 16 de março de 2007, sexta-feira.
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