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Poesias-->SERÁ QUE TENHO ESSE DIREITO? -- 29/01/2001 - 03:44 (ODAIR PERROTTI) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
SERÁ QUE TENHO ESSE DIREITO?





Hoje não falarei de amor, hoje abdicarei deste inalienável

direito de sentir e falar de amor. Antes, falarei de minha amargura que

campeou minha semana. Um amigo, sempre eles a me socorrerem, deu-me

a luz da inevitável busca da reconciliação familiar. Procurei então os causa-

dores do conflito e com bom senso chegamos a bom termo. Porém, sexta-

-feira algo me incomodava. Cheguei em casa, olhei para minha companheira, para meus filhos e algo me incomodava. Desvestí-me, coloquei-me nú perante meus sentimentos, e nada. Coloquei, então, minha

roupa de palhaço, me maquiei e fui diante do espelho. Rí de minha cara

enlamaçada, meu enorme nariz vermelho, minhas roupas folgadas e meu

gigante sapato de palhaço. Brinquei com os filhos, joguei-me por cima de

minha companheira, atrapalhando sua novela. Tomei meu livro, meu filme

preferido na TV, meu bate papo na NET e sorrateiramente dirigi-me à cama

enfiando minha cabeça por debaixo das cobertas a implorar cafuné. Assim,

o ato sexual surgiu belo e natural. Porém, a imagem daquele menino, maltrapilho, todo encardido, mirando uma TV da loja de eletrodomésticos

não me saía da cabeça. Um amor tão descabido e com sentido por aquela

criança urgia em meu peito, que me perguntava se sequer eu tinha esse

direito? SERÁ QUE EU TINHO ESSE DIREITO?

Dormi o sono dos saciados e cansados e acordei no meio da noite com

a imagem da criança a oferecer-me a mão. Dei minha mão, comprei-lhe

um sorvete e passamos a tarde toda vendo a TV que lhe comprei.

Hoje o chamo de Carlinhos e prá nosso orgulho é nosso filho.

Aquele sentimento de incomodo da sexta feira já não existe mais.

Hoje, outros sonhos permeiam minha cabeça, afinal são os sonhos o alimento da alma e da vitalidade: quantos Carlinhos e Aninhas estão à

nossa espera? SERÁ QUE TENHO ESSE DIREITO?



por o anjo de uma asa, pela fé que tenho que qualquer plano economico

jamais terá êxito senão passar pelo problema da criança.

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