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Poesias-->ÉS -- 11/04/2007 - 13:46 (Rudolph de Almeida) |
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ÉS
És a lágrima da flor
A carranca irada do sol
És tudo sem nada ter sido
O joio sem trigo.
És o choro da criança
Que não pára
O ardor da ferida
Que não sara.
És o prazer da tristeza
O sorriso cínico da morte
A alegria do sofrimento
A absoluta falta de sorte.
És a árvore caída na estrada
E os pântanos que a rodeiam
O retorno a lugar nenhum
A senda que tem fim num beco.
És o deprimente céu azul
O êxtase na tormenta
O desalento do amor
A felicidade que não presta.
És a frialdade trazida pelo fogo
No pó das cinzas
És o murmúrio das paredes
Que não nos respondem nunca.
És o rápido correr das águas
Para longe da seca
És o calor que chega
Onde dele não se precisa.
És a vida sem alma
Alma sem coração
Coração sem batida
A batida do prego
Crucificando a vida.
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