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Poesias-->Amarras normais -- 03/05/2007 - 11:46 (MARIA CRISTINA DOBAL CAMPIGLIA) |
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Amarras normais
Passeio pelos escombros
do que resta a cada dia.
A cada tombo que levo
vejo-me mais precária:
neste mundo de técnicas
mal sei me movimentar.
Sinto-me um dinossauro
com emoções e sonhos
carregando qual carimbo
onde não tem mais lugar...
Não existe espaço enorme
para estas coisas antigas...
Antigo escrever poesia
e antigo parar na rua,
antigo é ficar ligado
e também tomar chimarrão
sentado no meio-fio
às dez horas da manhã...
Vestindo uma roupa escura
de salto, meia e “tailler”,
esqueço ser dinossauro
e parto- sendo uma a mais...
Você eu já perdi de vista
nem sei quem és, onde estás...
Amarra de terno e salto,
buzinas documentais,
saudades de “ali na esquina”
sentando à luz do luar...
Saudades de “coisas-gente”
e beijos ao natural...
Descubro mais dinossauros...
Muitos: em todo lugar!
Enormes como mutantes
com olhos de hipnotizar...
Procuram seguir o tempo
mas cansam. Vão devagar...
Nem sabem o quanto pesam...
Vão às baladas. Rezam.
Tentam se disfarçar
passando-se por normais...
Mas deslocados e enormes
às vezes vão se matar...
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