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Poesias-->MORTE -- 03/05/2007 - 19:24 (Joel Pereira de Sá) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
A morte virá ao meu encontro

Virá sem prenúncios

Antes quero vislumbrar os urubus

A adejarem ao sabor do vento

E a devorar as carniças

As águias a rapinar os filhotes de outros animais

As lavas incandescentes a sapecar as populações

Os carros engarrafados nas auto-estradas

A névoa que cega os motoristas

As folhagens que ocultam as panteras

As brisas que em momentos se transformam em furacões

E destroem as cidades

Os maremotos que expulsam os invasores do litoral.



A morte virá inadvertidamente

Numa tarde

Ou numa manhã de céu claro

Airosa para todos

Até para mim

Que transfiro aos outros

O peso da responsabilidade de viver

Entrando no marasmo não mais me vejo

Não sinto um centímetro à frente

O soturno invade tudo

E eu nada mais sou.



O clarão está apenas fora

Lá tudo continua

Até que meus ossos sejam triturados

Até que os vermes dêem cabo de minhas carnes

Muitos mundos se extinguirão

A terra com seu sadismo infrene

Simplesmente deglute as criaturas

Uma a uma.



[JOEL DE SÁ]

03/05/2007.
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