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Poesias-->À luz da Lua -- 07/05/2007 - 20:12 (MARIA CRISTINA DOBAL CAMPIGLIA) |
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À Luz da Lua
Você beija o maltrapilho
como beija o poderoso.
É por tudo que te admiro:
pelo leve tule triste
com que tocas a cidade.
Pela intensa discrição,
pela equânime paixão:
pelas ruas sem asfalto,
pelos prédios gigantescos,
pelas lúgubres favelas
e as humanas naturezas.
Não conversas asperezas...
Apareces quando esqueço
de entender o calendário,
quando menos te reclamo,
quando deixo o sol de lado...
Fotografo teu encanto
com pupilas de esfomeada-
como se eu não conseguisse
te arquivar nesta memória...
Se pudesse eu te plantava
como muda de carvalho,
com os anos e a esperança
do imortal ter a meu lado...
Vou tentar fazer um trato:
se eu voltar aqui à praça
toda noite que apareces,
tu podias me inundar
com teu hálito de prece...
Me invadir como o sereno.
Aliviar minha tristeza
como a água ao cipreste,
e deixar teu DNA
incrustado como enfeite,
no meu peito de cigana
-qual libélula celeste!!-
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