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| Poesias-->Meridiano -- 03/02/2001 - 15:09 (EDNEI PEREIRA RODRIGUES) |
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Ambos não percebiam que a vida se passava em torno deles/
Aprisionados dentro de pequeninas gotas de cristal congelado/
Que se depositam à superfície ilimitada dos objetos que tem vida/
A luz do dia não era percebida pela retina dos olhos/
E quando o zênite formar alternadamente superfícieis concêntricas/
Multiplicado por cem ou repetindo várias vezes/
Pouco a pouco antes do Sol torna-se visível em sua posição natural de repouso/
Onde todas as coisas se proliferam de dentro para fora/
Para restringir-lhes este momento dentro de certos limites/
Vai desaparecendo mas ainda deixando alguns vestígios dentro de mim/
A chuva do dia anterior sob a forma de diamantes lapidados por algum ente puramente espiritual que se salienta da intensidade da luz/
Esta luz ofusca mimha mente/
Traçando linhas oblíquoas em meu cérebro/
Até a beira de um precipício vaguei sem destino/
Apenas a uma fração de centímetro de distância/
E inevitável não prosseguir.
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