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Poesias-->PÓLEN -- 03/06/2007 - 03:34 (Maurício Santanna) |
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Leio os recados que não são pra mim,
Consumo o meu tempo a tua espera,
Ouço vozes conspirando por meu fim,
Mas meus escudos são rosas na janela...
Passo o dia dando voltas no jardim,
As borboletas azuis são as mais belas,
O perfume que não se encontra aqui,
É o que escorre suave no corpo dela...
Bebo o cálice da angústia inebriante,
A trôpega esperança me revela,
Que a saudade é um grito incessante,
Mas que ninguém pode ouvir e desespera...
Tramo estratégias que não têm nenhum sentido,
Faço orações pagãs à luz de vela,
O amor que me veio desmedido,
Mantém-me encarcerado na sua cela.
.....Os direitos estão reservados....
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