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Poesias-->Fábula nuclear -- 10/06/2007 - 14:15 (RENATO RIELLA) |
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FÁBULA NUCLEAR
Renato Riella
Tenho um sonho premonitório.
Sonho denso.
Começa com um gênio da cibernética de manhã.
Briga com a mulher por nada
(talvez uma torrada queimada)
e sai enlouquecido
para destruir o mundo.
No cruzamento de bits e baites,
acessa um arsenal nuclear
capaz de explodir a Terra três vezes.
E na telinha surge a certeza
de que a humanidade vai acabar.
-Ha! Ha! Ha! Foi-se todo mundo.
No sonho, felizmente,
não acaba nada,
porque uma barata
de casca grossa
passa a noite roendo um conduto de energia repleto de fios coloridos.
O cientista vai esperar
o the end em casa,
junto da mulher.
E a barata,
sem conhecer sua importância na história, entra numa gaveta.
Mas – epa! – meu Deus!
Foi esta barata que esmaguei ontem na cozinha.
Saio do sonho para a realidade
retendo na
memória-retina
as imagens da quase tragédia nuclear.
E buuuuuummmmmmm!
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