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Poesias-->PECADO -- 30/06/2007 - 12:30 (JOSE GERALDO MOREIRA) |
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PECADO
Estranhar-te-ei quando mergulhares as mãos
nos caldeirões do meu inferno
retirando de mim o braseiro que incendeia
essa noite crua, esse rosto rude, essa lua cheia
Quando vejo, desejo
Quando penso, cheiro
Sinto teu odor no ar
Apenas por pensar
Se por vezes esqueço, desespero
Que minha alma guarda tuas asas
Quando deito, pesadelo
Que meu corpo é tua casa e sente falta
Oro pela desgraça dos teus amores
Imploro por uma solidão que desole
Para que, ventura, em mim te acudas
E descubras o homem que apenas adora
Nesse momento, estranharei tua mão
Quando puxar pelas bordas meu coração
Arrancando-me desse inferno de solteiro
Que espera de ti o mundo inteiro
Quando soprarás a brasa no peito
Para fazer vivo o que é perdido?
Hei de morrer esposo viúvo
De um amor um dia prometido?
Essa noite rude
A lua crua
Ódio que me mata
De quem amas desesperada.
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