LEGENDAS |
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Poesias-->POEMA BRANCO14 -- 30/06/2007 - 22:54 (maria da graça ferraz) |
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Naqueles corredores extensos,
sombrios, uma criança
pálida observáva-me,
com um pássaro
seguro em sua boca
Era ali onde a médica
transformáva-se na poeta
e a palavra voava,
desvencilhada dos gestos
inúteis que me atordoavam
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Nesta sala de brinquedos
Nada move-se. Nada fala.
Os corpos imobilizados
apenas respiram suavemente
como o peitinho de um pássaro
E eu vou cruzando
este hospital, fingindo
indiferença
E o hospital vai ficando
cada vez mais sozinho
se não fosse o grito súbito
que mergulha no espaço,
de um corpo que cai,
desatando laços,
a cada um de meus passos
Ah, estes sapatos apertados,
de frouxos cadarços,
um dia cobrem-se com asas,
um dia, ainda
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