LEGENDAS |
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Poesias-->RECORTES2 -- 30/06/2007 - 23:01 (maria da graça ferraz) |
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É horrível sobreviver aos dias
às lembranças
àquela que fui ontem
às cruzinhas marcadas no calendário
à palavra que ele quase me disse
ao próximo passo
ao último aniversário
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Se eu chorar hoje
minha lágrima
não se mistura às águas claras,
flutua...
Minha lágrima hoje
ganhou a natureza dos espelhos
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Eu tenho medo
do silêncio
que surge sozinho,
de meias 3/4,
sem sapatos,
de mansinho
Tenho medo
daquele silêncio
que me invade
antes de dormir,
ou, após o que escrevo
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A alegria
doída e reconfortante
como ouvir a voz
do filho perdido no escuro
Aliás, andei, andei,
de braços estendidos,
como uma árvore cheia de ninhos
Ali,alegria, ali,
onde fundei um mundo,
descobri um tesouro
e inaugurei um ano novo em cada dia
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A farinha de trigo
esparramada sobre a mesa
E nela,as marcas
das patinhas da gata
Abría-se diante de mim
um livro extinto,
precioso e sagrado
que eu lia
de olhos fechados
para meu próprio eco
com voz silenciada
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