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Poesias-->no horto -- 09/07/2007 - 19:24 (maria da graça ferraz) |
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Em homenagem à primavera
de 2005
Poema escrito no horto
florestal
Troncos frondosos
de árvores, laços de cipós,
quais veias grossas, pilares,
procuravam algo acima,
talvez uma lua virgem, menina,
com pezinhos de prata
Os ninhos pesam os galhos
Glândulas com seus ductos
abertos, ácino, cacho de uvas
E,às vezes, um ovo caía,
como uma gota branca, opalina,
em lençol de amantes
Aos meus pés, nos vales,
flores abertas e cogumelos,
seios, glandes, ancas,
relevos de chão redondo,
corpos que se amam
e se procuram desesperadamente,
buscando, entre si,
cumprir o destino da existência:
Romper. Expor. Espremer.
Manifestar
A seiva escorre, João de Barro
procura um rio, um córrego,
um fio de água,
para molhar o bico
O pólen dourado voava
e os insetos tontos,
transparentes, recebiam
as sementes em grande festa
Havia um tremor discreto
em cada forma
Quando o amor atinge
o limite máximo da dor,
as coisas pulsam...ardem
Ah, esta alegria
e eu não sabia ao certo
de onde ela vinha
Tudo ali contraía, enrijecia,
tapava buraco, invadia espaço,
chamava o tempo
E eu, acossada, perdida,
girava como uma bailarina
feita de espelhos
Ah, diabo verde, criaste a beleza
para que nela, eu me perdesse
E tudo que precisava
era encontrar um vão
entre as árvores,
um tipo de clareira,
que tornasse minha pele
mais morena, imperceptível
dentre as coisas passageiras,
que no cio, gemem,famintas,
como novos brinquedos
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