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Poesias-->Primavera -- 09/02/2001 - 13:51 (Iã Paulo Ribeiro) |
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Éramos poucos naquela terra ardente
Éramos poucos, dançando na praça
onde erguia-se crua a igreja
- isolado paganismo de nossos braços
que se jogavam perscrutando o chão
quase imundo
levando nas roupas encardidas um sonho velado
[na frente de um bar.
Os vôos rastejantes no sangue morno das tardes
fluem-se longínquos, quase inexistentes
Ponta brilhante em minha hipófise.
Fora da janela da torre, por sobre as telhas,
deita-se isolada uma cruz
No pátio, por sob as árvores, homens em
[mendicâncias
gesticulam num ritual de puberdade...
tranqüilamente...
Quando uma brisa jogada nas narinas
traz um cheiro de vinho ou de cachaça
É primavera e as crianças cantam, de camisas de mangas
arrastando-se pelo chão
como se fossem flores.
Iã Paulo Ribeiro
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