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Poesias-->LANTERNAS DO PECADO -- 04/08/2007 - 09:12 (Alexandre José de Barros Leal Saraiva) |
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Nem mesmo a clara escuridão
que nos envolve, obstinada,
impede o cruel testemunho
da minha, e da tua, morte.
Lembro de ter olhado o relógio
parado na parede de trás.
Sei... me é dado que o dia de hoje
marca tempo que não haverá mais!
Assim, com as lanternas do pecado,
subo e desço, pela última vez,
as escadas intermináveis, por onde,
vagarosamente, caminhou meu passado. |
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