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Poesias-->AREIA E SAL -- 06/08/2007 - 13:55 (Alexandre José de Barros Leal Saraiva) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


AREIA E SAL









Escuto, prazerosamente, o caminhar das águas.

Paro... Espero... Fecho os olhos.

Aos poucos, sinto os pés molharem.

Deito. Abro os braços. Inundo-me de sal.



O sol mostra sua força, ardendo em minha pele, MOLHADA.

Nos grãos de areia, registro meu sudário, nada santo.

Levanto-me. Novamente, paro. Nada mais, por hoje, espero.

Desnudo-me.



Alguém me observa. De longe, a encaro.

Nela, nada me chama a atenção,

Apesar dos olhos, bem abertos, redondos, fúlgidos.

Penso já tê-la visto antes. Bobagem.



A pessoa se aproxima rápido, intransigentemente.

Estanca a dois passos. Traz consigo pequena bagagem:

Um alforje, uma cruz, um livro raro.

Para... Espera... Deita-se e, serenamente, MORRE.



Fixo-me no cadáver.

À beira do mar.

Repousando sobre as areias que, minutos antes, desenhavam meu sudário.

Peço-lhe, educadamente, que se levante.



E eis que me obedece.

Não que tenha ressuscitado,

Apenas, misericordioso,

Atendeu a um pedido de alguém mais morto do que ele!



Deitei-me,

E, desta cama derradeira,

Construída de areia e sal

Jamais me levantei.

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