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Poesias-->NA PALMA DA MÃO -- 07/08/2007 - 11:54 (LUIZ FRAGA) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
ESCORRE-ME entre os dedos

o tempo que não me espera.

Enquanto reescrevo meus enredos,

as horas passam na janela.



De súbito, as estações se sucedem.

E o calor do verão arrefece,

e as árvores do cerrado perdem

as folhas como quem se entristece.



Mas ainda retenho na palma da mão

essa mania besta, infantil de acreditar.

Crer que o que espero não será em vão.



Escorre-me entre os dedos

o tempo que não me espera.

Mas retenho a esperança, vivo com ela.
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