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Poesias-->Favelômen -- 16/08/2007 - 19:39 (paulino vergetti neto) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Favelômen











Favelizo os meus olhos

e não vejo a alegria

e as ruas que cruzo

não estão vazias.

Há nelas perdidas balas

que admiram a morte

e nos tiram a sorte

de viver!



O crime é guardião do submundo,

esperança do imundo,

o amanhã do ontem

que nunca prestou.



Favelizo o meu olhar

e já não sei rezar,

não tenho o mundo.



A favela sou eu e minha alma.

Peço calma, agito-me, ouço o mundo:

fala-me dizendo tudo....

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