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Poesias-->POSFÁCIO -- 27/08/2007 - 07:25 (Alexandre José de Barros Leal Saraiva) |
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POSFÁCIO
Sobre o peito arfante
do velho homem,
em barbas brancas,
respira pequeno infante.
Soam rápido - sístoles e diástoles -
compassadas pela dor da perda
recente...
Maior aflição sente o homem,
velho demais,
fraco demais,
diante da dor terebrante
daquele pequeno infante.
A lágrima no rosto infantil
partiu de outros olhos.
Olhos acostumados, desassombrados.
Olhos de um homem velho, senil,
em barbas descoloridas pelo tempo.
Mas, afinal, que evento cruel marca pujante cena de sofrimento?
É que o pequeno homem,
no peito do já velho infante,
descobriu, no pior tormento,
o posfácio daquele instante,
a que chamamos nascimento. |
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