LEGENDAS |
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Poesias-->ALMA COVARDE -- 27/08/2007 - 07:37 (Alexandre José de Barros Leal Saraiva) |
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Há um espectro de luz no ar
rarefeito desta antiga casa
por todos abandonada,
a não ser por mim. Eis o meu lar.
Noto o pesar nestes olhos teus
como se desejassem chorar
as dores criadas por teu Deus:
Aquele a quem dos ímpios, o tributo há de cobrar.
Portanto, não avance por esta porta,
mantenha-se no átrio, quase-escondida
por detrás desta vida natimorta.
E cale-se, antes que seja tarde
demais para ouvir o fim da estória. Perdida
alma que queima: quieta, pobre e covarde.
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