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Poesias-->O som do silêncio -- 12/09/2007 - 19:00 (Ana Mendonça) |
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Nada... Vazio assustador.
Não se vê crianças brincando,
não se percebe o dia acabando,
cenário de pura dor.
Vozerio faltante na ciranda imaginária,
brincadeiras de pula-pula, esconde-esconde.;
esconderam-se no nada,
no nada da mente originária.
Na mente de pessoas ausentes,
que em nome do progresso,
não buscou no retrocesso
modo de dar vida ao presente.
Não se vê a chuva caindo,
só poeira as narinas entupindo.
Não mais existe Papai-Noel,
mudou-se para o céu.
O alarido das crianças perdeu-se no nada,
no nada de um passado esmagador,
cruento, violento, ensurdecedor.
Passado, que hoje, apresenta horror.
Hoje resta o silêncio,
Silêncio barulhento, enganador.
Silêncio do vento estridente,
que dá arrepios, que mostra desamor.
Cadê o som do silêncio das matas?
Nele se ouvia pássaros cantando,
nele se percebia vidas se formando,
nele se tinha esperança reinando.
Hoje, futuro esmagador,
mostra o som que o silêncio tem,
mostra a voz,
vozerio de ninguém!
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